Estima-se que cerca de 20 a 70% das mulheres portadoras de prolapsos mais severos podem apresentar incontinência urinária oculta. Saiba mais!
O prolapso dos órgãos pélvicos (POP) ou prolapso genital, já discutido algumas vezes por aqui é caracterizado como todo deslocamento caudal dos órgãos pélvicos pela vagina. Pode ocorrer em diferentes graus. Quase sempre em caráter permanente1. Durante a vida, 11% das mulheres são submetidas à cirurgia para correção de POP.
Nos casos avançados, devido ao acotovelamento ou à compressão externa da uretra pelo prolapso pode haver mascaramento da incontinência urinária de esforço em mulheres clinicamente continentes. Boa parte dessas pacientes passam então a apresentar perda urinária aos esforços após a correção cirúrgica do prolapso. É o que chamamos de incontinência urinária de esforço OCULTA. O difícil nessas situações é compreender que esse desconforto agora tido como “novidade”, na realidade já existia e não foi causado pelo correção cirúrgica do prolapso.
Incontinência urinária oculta
Estima-se que cerca de 20 a 70% das mulheres portadoras de prolapsos mais severos (estágios III e IV) podem apresentar incontinência urinária oculta. Mas como descobrir se aquela paciente que deseja tratar aquela sensação de “bola na vagina” também precisa resolver uma incontinência urinária que nem sente? O estudo Urodinâmico (Urodinâmica) consiste numa ferramenta fundamental. Deve ser feito por profissional experiente, preocupando-se em reduzir esse prolapso durante a realização do estudo. Permitindo, assim, que a incontinência urinária de esforço seja observada e também mensurada.
Nesse momento vale uma boa troca de informações entre o especialista em uroginecologia e sua cliente. É preciso esclarecer que esse distúrbio apesar de não perceptível deve ser também tratado, no mesmo tempo cirúrgico da correção dos prolapsos, evitando assim uma nova cirurgia futura.