A incontinência urinária e o seu impacto social
A primeira barreira que cerca os indivíduos com IU é a inibição de falar sobre o problema. Ir ao banheiro é um momento íntimo e não muito falado pela maior parte das pessoas. No intuito de esconder o problema e evitar constrangimentos, passam a adotar condutas preventivas, ou poderíamos chamar, de defesa.
O problema da incontinência urinária traz um empecilho talvez ainda maior do que a parte física: as consequências psicológicas. A falta de controle do próprio corpo faz com que o acometido sinta vergonha e medo de ter algum imprevisto em público, deixando de fazer suas atividades comuns. Deixam de frequentar cinemas, bailes, festas e evitam o transporte coletivo e as viagens mais longas. Quando chegam a um local público a primeira providência é localizar o banheiro. Há o receio de que as pessoas percebam o odor de urina que exala de suas roupas. Os pacientes, angustiados, abandonam a vida social.
Os tratamentos, inclusive, são relativamente simples. No caso da perda devido à urgência, o paciente pode ter controle da dieta, fisioterapia (para controlar a bexiga) e usar medicamentos anticolinérgicos, que controlam as contrações. No caso das medidas mais simples não funcionarem, pode usar toxina botulínica (botox) dentro da bexiga para controlar as contrações.